Amoramon
CONTATOS
ÍNDICE DA PARTE 2
Preparação para o contato com o kardecista ...............................1 O Contato 4
O discurso do kardecista..........................................................1.0
O que Deus disse a Moisés sobre a consulta aos espíritos?.......... 1.1
Foi Joao Batista uma reencarnação do Profeta Elias?..................1.2
O reino de Deus não se constitui em confronto de dialéticas........1.3
João Batista não poderia ser a reencarnação do profeta Elias........1.4
A doutrina do karma versus a expiação de Jesus Cristo................1.5
Uma Manifestação Celestial .....................................................1.6
Preâmbulo ao contato 5............................................................2.0
Um equacionamento perfeito .................................................2.0.1
Extratos do Discurso de Parley P. Pratt em Toronto ...................2.1
O Contato 5 ............................................................................2.2
A fé na salvação deve estar de acordo com as escrituras...............2.3
Um equacionamento perfeito .................................................2.0.1
Extratos do Discurso de Parley P. Pratt em Toronto ...................2.1
O Contato 5 ............................................................................2.2
A fé na salvação deve estar de acordo com as escrituras...............2.3
FIM DO ÍNDICE DA PARTE 2
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UM PREÂMBULO AO CONTATO 4
PREPARAÇÃO PARA O CONTATO COM O KARDECISTA
CONVERSA DOS MISSIONÁRIOS
- Vamos ter um encontro com o Dr. Medeiros, hoje às 20:00 horas. Quando o irmão Riemer apresentou-nos a ele, no domingo passado, notei a grande ansiedade que tem por comunicar suas experiências espirituais e o conhecimento que tem da doutrina espírita. Você observou que estivemos ouvindo sua pregação por quase dez minutos? Se conseguimos dizer duas ou três frases foi muito. CONVERSA DOS MISSIONÁRIOS
- É verdade! Suponho ser muito difícil entregarmos nossa mensagem de forma produtiva, o problema principal é que sua mente não se concentra naquilo que lhe comunicamos no momento, divaga em busca de encontrar uma correspondência com a doutrina que assimilou durante muitos anos.
- Por isso, pedi ao irmão Riemer que, discretamente, explicasse a ele a importância da mensagem que temos para comunicar, e da atenção necessária para compreende-la, a fim de poder aceitar os desafios que faremos e, através deles, consiga a necessária comunicação com Deus pelo Seu Espírito, para descobrir por si mesmo a veracidade da mensagem.
- Ótimo! Se o irmão Riemer conseguir isso, acho que daremos nosso recado. Mas, lembro-me bem de que o Dr. Medeiros pediu que esse nosso primeiro contato fosse uma simples tomada de posição para ele, uma conversa informal, para ver se aceitaria ou não as palestras regulares.
- Sim, mas de qualquer forma, é preciso que ele nos dê oportunidade para esgotar nossas respostas às questões que apresentar. Devemos estar prevenidos para o fato de que, nesses primeiros encontros, uma muralha de tradições precisa ser galgada; para podermos chegar ao coração das pessoas, vencer a desconfiança natural e as vezes sérios preconceitos de toda ordem - raciais, nacionais, políticos, sociais, econômicos e, principal mente, religiosos.
Se não chegarmos ao coração, as pessoas não entenderão a mensagem. Devemos circular qualquer contenda; até mesmo, aparentemente, concordando com o que sabemos ser uma concepção errada, para, depois, colocar uma pergunta bem feita, de forma que a pessoa encontre por ela própria a resposta correta.
Nosso controle emocional é a chave para vencermos os desafios desses primeiros Contatos.
Agora vamos pedir ao nosso Deus as palavras certas para dizer ao Dr. Medeiros.
CONTATO 4
O DISCURSO DO KARDECISTA
O KARDECISTA: Prezados jovens, vou ser absolutamente franco com vocês. Vejam bem, é grande a amizade que tenho pelo Riemer. É mais por atenção à ele que estou hoje recebendo vocês em minha casa, porque já formei minha posição sobre as coisas espirituais. O DISCURSO DO KARDECISTA
Observem ali naquela estante; todo o lado direito é ocupado com obras espiritualistas, representam o meu acervo de conhecimento sobre este vasto assunto. Acervo que acumulei em muitas horas de leitura e meditação, por mais tempo do que os anos de vida que vocês viveram, os dois somados. Tenho quase certeza que vocês não leram, e talvez mesmo nunca tenham ouvido falar dos livros clássicos que os kardecistas como eu já estudaram profundamente.
Assim, eu me pergunto: o que poderiam ter vocês para me ensinar? Não é querer embaraçá-los, mas digam-me se conhecem pelo menos um dos livros que vou citar, para começarmos nossa conversa:
- O Livro dos Espíritos, de Alan Kardec.
- O Evangelho Segundo o Espiritismo.
- O livro dos Mediums.
- Mensagem do Astral, psicografado por Hercílio Maes.
- A Vida de Cristo Ditada por Ele Mesmo (a uma médium francesa)..
Agora o tempo é de vocês...
MISSIONÁRIO: Muito agradecemos ao Sr, por ter-nos recebido e dado oportunidade para falar-lhe de nossa missão. Estamos realmente impressionados com a sua dedicação ao estudo desses assuntos, e aos muitos anos de vida que tem perseverado neles!
O Sr, apertou-nos contra um canto de parede, quando perguntou se já havíamos lido algum desses livros, pois, na verdade, não lemos nenhum deles, não conhecemos seu conteúdo. Mas, podemos agora imaginar do que se trate, pelos títulos que citou.
Agora, se nos permite, gostaríamos de abordá-lo, usando a mesma argumentação que usou para mostrar a desproporção do seu conhecimento daquelas coisas em relação ao nosso.
Diga-nos Dr. Medeiros, se já leu pelo menos um dos livros que vamos citar: Doutrina e Convênios; o Livro de Moisés e o Livro de Abraão, todos de autoria do Senhor Jesus Cristo? E mais, o Sr. já leu a Bíblia de forma integral? O Sr, já leu o Livro de Mórmon?
Efetivamente, não podemos ensiná-lo em nada, no que concerne aos assuntos comunicados por espíritos, médiuns e suas mensagens. Sobre isso, reconhecemos sua supremacia absoluta. Porém, reconhecemos nos devidos termos, porque há outras coisas a considerar sobre esse tipo de conhecimento. Mas, sobre isso, falaremos depois.
Nossa missão é vir à sua casa para ensiná-lo das coisas que sabemos, e que o Sr, ainda não sabe; simplesmente porque, até agora, ninguém o avisou delas.
O KARDECISTA: Muito bem! Muito bem mesmo! Vocês usaram minhas palavras e me apertaram no outro canto da parede; vejo que dialogo com pessoas inteligentes. Mas penso ainda ter um pouco de vantagem: Posso dizer que não sou um ignorante da Bíblia, pois tenho lido sempre o Evangelho Segundo o Espiritismo e, por sinal, conheço também passagens da vida de Cristo que vocês nem sonham em conhecer. Elas estão contidas num outro livro Chamado A Vida de Cristo Ditada por Ele Mesmo, em que ele incorpora-se numa medium francesa e dita, através dela, os fatos de sua vida, o que me dizem disso?
MISSIONÁRIO: Vemos que o Sr, é um homem com grande capacidade de crer nos fenômenos espirituais. Esperamos que também possa crer nas coisas que lhe vamos relatar na sucessão de nossos encontros, se o permitir.
O Sr, pergunta o que temos a dizer sobre suas últimas afirmações. São tantas, tantas coisas, que preferimos começar pelas primeiras palavras que nos disse hoje. Tentaremos estabelecer uma ordem. Vamos começar analisando os títulos dos livros que citou: - o Livro dos Espíritos, de Alan Kardec.
Embora não tenhamos lido o livro, sabemos que o autor foi o codificador da doutrina espírita, a qual nasceu da manifestação de incontáveis espíritos, os quais incorporam-se num médium e respondem às consultas que os homens lhes fazem. Alguns identificam-se como sendo pessoas já falecidas, muitas delas historicamente conhecidas; outros são conhecidos ou se dão a conhecer como mestres ou espíritos de luz.
O KARDECISTA: Exatamente! Vejo que, nesse ponto, vocês estão bem informados. Foi dessa forma que soubemos algo glorioso sobre o espiritismo, e que nos foi ensinado pelos grandes mestres do mundo dos espíritos.
É assim que soubemos ser o espíritismo a terceira revelação de Deus aos homens; a primeira foi Moisés e a segunda, Jesus Cristo. Vocês já haviam ouvido essa doutrina do kardecismo?
E da reencarnação, o que vocês pensam?
MISSIONÁRIO: Sim, ouvimos falar dela, mas através de um livro escrito por um nosso irmão da Igreja em 1975, A Verdade ao Alcance do Homem. Prometemos que, no nosso próximo encontro, traremos uma cópia das partes que discutem esse assunto, na nossa perspectiva espiritual.
-Agora, deixe-nos continuar com nossa resposta sobre a forma pela qual Kardec codificou a doutrina espírita. Já que concordou com o entendimento que declaramos ter do processo, vamos analisá-lo à luz das escrituras bíblicas.
O QUE DEUS DISSE A MOISÉS SOBRE A CONSULTA AOS ESPÍRITOS?
Veja o que Deus disse à Moisés:
"Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos; não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles!... (Lev.19:31)
"Se alguém se dirigir aos espíritos ou aos adivinhos... voltarei o meu rosto contra esse homem e o cortarei do meio do meu povo." (Lev.20:6)
"Não se ache no meio de ti ... quem se dê à ... magia, ao espiritismo ... ou à evocação dos mortos, porque o Senhor teu Deus abomina aqueles que se dão a essas práticas!..." (Deut.18:10-12)
São três testemunhos de um profeta de Deus, de que a doutrina ensinada pelos espíritos aos espíritas está contaminada. Uma doutrina só pode estar contaminada pela mentira; ela pode ter toda a aparência do bem e da justiça, ao débil entendimento dos homens, mas ser injusta e falsa para Deus. Gostaríamos que o Sr, examinasse as escrituras por si mesmo, de forma direta, e não através de interpretações outras que não a do Espírito que está na Bíblia.
Podemos inferir dessas palavras dadas por Deus a Moisés que existe efetivamente um mundo de espíritos, que eles podem comunicar-se conosco e nos contaminar com doutrinas falsas. E que se quisermos fazer parte do Seu povo, não devemos fazer nenhuma dessas coisas ... e se teimarmos em receber essas doutrinas, seremos colocados fora do Seu Reino.
Jesus Cristo deu testemunho da veracidade das palavras de seus profetas e apóstolos, e estes, deram testemunho dele:
"Pois, se crêsseis em Moisés, certamente creríeis em mim, porque ele escreveu a meu respeito. Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis nas minhas palavras?" (João 5:46 -47)
Como vê Dr. Medeiros, mesmo que digamos crer no Senhor Jesus Cristo, estaremos provando a Ele que não cremos; ao desobedecer Suas palavras ... empregando nossa confiança, não Nele, mas em quem nos é dito para não confiar. O espírito "de luz" que ensinou ser o espiritismo a terceira revelação de Deus, só pode ser mesmo é do diabo.
Quanto à reencarnação, como doutrina ensinada pelos espíritos, o que o Sr. acha que pensaríamos dela?
O KARDECISTA: Pelo menos dessa doutrina eu espero a aceitação de vocês, pois a passagem em João 1: 21-25 é ensinada no kardecismo como uma afirmação bíblica da reencarnação - João Batista era o profeta Elias que haveria de vir.
MISSIONÁRIO: Preferimos deixar a resposta desta questão para nosso próximo encontro, pois a cópia. que traremos responderá plenamente. Considerando agora o título do segundo livro de sua citação: o Evangelho Segundo o Espiritismo:
Mesmo que não houvéssemos citado aquelas três escrituras do pentateuco de Moisés, as quais, desqualificam inteiramente as obras espíritas, poderíamos usar uma do Novo Testamento, que desqualificaria este último livro, a começar do próprio título:
"Antes de tudo, sabei que nenhuma escritura é de interpretação particular." (Ped, 1:20)
As escrituras bíblicas nos ensinam que há um Pai da Verdade, um só Mestre e um Espírito da Verdade. Também nos ensinam que há um pai das mentiras e uma multidão de mestres.
Seus ensinamentos são antagônicos e perfeitamente discerníveis por qualquer pessoa que estude a palavra de Deus com seriedade, livre das interpretações ou interposições falsas, denunciadas pelo Espírito de Deus nos livros dos profetas bíblicos.
Em que escola acreditaremos, na do Espírito, na de um só Mestre ou na dos espíritos e sua multidão de mestres?
O antagonismo é de tal ordem, que não podemos mesclá-las de nenhuma forma.
Pedimos agora que nos perdoe, mas já passa das 21:30 e é tempo de nos despedirmos. Voltaremos outra vez, se o Sr. consentir.
O KARDECISTA: Naturalmente, gostaria que vocês voltassem. Preciso meditar melhor sobre o que me disseram. Peço que não deixem de trazer a cópia. Quero que saibam: apreciei a franqueza que usaram.
Que tal depois de amanhã à mesma hora?
MISSIONÁRIO: De acordo, o Sr, permite que um de nós faça uma oração para agradecer a Deus pela oportunidade deste encontro?
(Dois dias depois foi realizado o segundo encontro, ainda informal para esclarecer as questões que ficaram pendentes).
MISSIONÁRIO: Dr. Medeiros, aqui está a cópia prometida. Mas antes de examina-la, gostaríamos de terminar nossas respostas às primeiras questões.
Veja o Sr., pelo que demonstramos em referência aos primeiros livros considerados, não podemos dizer nada diferente em relação aos dois outros. Quanto ao livro que citou mais adiante, o caso é ainda mais sério. De que forma o Senhor Jesus Cristo violaria sua própria palavra, no testemunho dado de Moisés, o qual condenou veementemente as práticas espíritas?
Além disso, como Ele se iria incorporar numa mulher com um corpo ressuscitado e glorificado, com o qual vive na presença do Pai? Vê o Sr. agora, o absurdo e a falsidade contaminadora a que os homens estão sujeitos, se não aderem firmemente à doutrina do Espírito, e se deixam levar pela dos espíritos?
Não duvidamos que a tal senhora tenha experimentado uma incorporação, mas lhe asseguramos que não foi de Jesus Cristo e sim de um espírito maligno.
FOI JOÃO BATISTA UMA REENCARNAÇÃO DO PROFETA ELIAS?
Agora sim, podemos examinar a cópia, Nela está a resposta para o problema que levantou, ao dizer que João Batista era o profeta Elias reencarnado.
Mas antes de tudo, peço que considere a semelhança do absurdo com o que acabamos de dizer anteriormente sobre o corpo ressuscitado do Senhor.
Veja o Sr., Elias não morreu, foi transladado no corpo, é o que lemos em II Reis 2:11-12. Sendo assim, pelo testemunho da escritura; como ele entraria no ventre de Isabel para nascer como João Batista? Vê o Sr, como é fácil descobrir os antagonismos, quando conhecemos a doutrina do Espírito de Deus?
Enxergou o Sr., agora, o terrível antagonismo da doutrina espírita, quando diz que o espiritismo é a terceira revelação de Deus?
Veja o que diz a cópia. (Segue-se a leitura da cópia, pelo Dr. Medeiros, o nosso kardecista)
O KARDECISTA: Realmente, não posso deixar de reconhecer os antagonismos. Mas os profetas antigos podem ter feito um complô contra os espíritas, para poderem manter-se na liderança do povo. Eles podem ter colocado na boca de Moisés e do próprio Jesus, aquelas palavras. Não é uma hipótese aceitável, considerando que o espiritismo manifesta poderes espirituais impressionantes, os quais poderiam diminuir a influência dos profetas de Israel sobre o povo?
MISSIONÁRIO: Em primeiro lugar, complôs não são atos do Espírito que orienta os profetas. Mas são os atos naturais dos espíritos que trabalham incessantemente contra Deus e o Seu Plano de Salvação.
Não! A hipótese que sugeriu é para nós inaceitável.
Para explicar os antagonismos que vemos, não é necessário fazer qualquer hipótese, porque os autores das mentiras estão perfeitamente identificados nas escrituras. Veja a palavra de Paulo sobre esses poderes que se manifestam no espiritismo principalmente:
"A manifestação deste ímpio, será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda sorte de milagres, de sinais e de prodígios enganadores. Ele usará de todas estas seduções do mal para aqueles que se perdem. Por não terem aberto seus corações ao amor da verdade que os poderia ter salvo... Assim, serão condenados todos os que não deram crédito à verdade, para se comprazerem no mal." (2 Tess 2: 9-12)
"Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, ...mas contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas nos ares)" (Filipenses 6:12)
Como vê, Dr. Medeiros, não se trata de formular hipóteses, mas de aceitar os fatos da revelação de Deus.
O REINO DE DEUS NÃO SE CONSTITUI EM CONFRONTO DE DIALÉTICAS
O KARDECISTA: Então, todo o bem, toda a caridade que fiz durante esses quarenta e cinco anos de vida adulta, resultarão em nada? Meus motivos de amor pelo próximo foram debalde? Então, o reino de Deus de que falam, resume-se apenas em confronto de dialéticas, para obter ou não o que chamam de salvação? Não seria isso uma mera guerra de palavras; o mesmo que vemos todas as denominações que se dizem cristãs fazerem? Então, o que os diferenciaria das demais? O que haveria de prático em todas essas contestações, em todas essas confrontações que estão em curso desde que o mundo é mundo?
MISSIONÁRIO: Que excelentes foram suas questões agora, Dr. Medeiros, é uma grande oportunidade que nos deu de prestar um maior testemunho hoje. Suponhamos que uma denominação qualquer, entre nessa luta dialética a que o Sr. se referiu, mas que não conheça o verdadeiro Plano de Deus, a organização a ser dada ao povo, o sistema de operação e administração, em preparação para um governo mundial... quando, no devido tempo, o governo será dado ao povo da Sua Igreja (aos santos)... "para fazer a vontade de Deus na terra, como é feita nos céus."
Nesse caso, a referida denominação estará fazendo exatamente o que o Sr. sugeriu - como um ferreiro, sem fogo e fole, malhando em ferro frio. Por mais que bata, não conseguirá seu objetivo ... por falta do "espírito", do fogo.
Agora, suponhamos que uma dessas denominações seja a verdadeira. Obviamente, ela também estará na luta dialética, do contrário, como poderá vir a ser conhecida e reconhecida como tal, por aqueles que tiverem olhos de ver e ouvidos de ouvir as coisas verdadeiramente reveladas dos céus?
Nesse aspecto superficial, ela, em tudo, se pareceria com as demais, para o observador menos atento ou a primeira vista.
Mas, neste caso, como ela conhece o verdadeiro Plano, Organização e Administração do Sistema Geral de Governo, estabelecido por Deus para reger o mundo na sua segunda vinda, ela diferirá inteiramente das outras. Ela terá a bigorna e o martelo, o fole e o fogo, para aquecer o ferro e moldá-lo ao feitio encomendado pelo Patrão.
O ferreiro é Deus; o braço representa os homens da Igreja, ao serviço de Deus; o martelo e a bigorna, são os meios terminais que trazem a força de ação e o apoio para execução do trabalho; o ferro é o material humano do mundo, que precisa ser moldado à vontade de Deus; o fogo é o Espírito, tornando maleável o coração de pedra do povo do mundo, para trazê-lo à verdadeira assembléia; o fole é a palavra de Deus, soprando continuamente, trazendo estímulo e poder ao fogo ou Espírito do Sacerdócio, para tornar a obra realizável.
O apóstolo Paulo ensinou que o evangelho não é apenas um conjunto de palavras (não compõe-se apenas das dialéticas humanas), mas é o poder de Deus para a salvação de todo o que nele crê. E o crer demanda em muita ação da parte do homem.
Todo o esforço de pregação do evangelho, ao longo dos milênios, visa preparar um povo separado (santo), para herdar este planeta; depois de purificado de toda poluição física e espiritual, e de ser insuflado da luz celestial (glorificado) à altura do Reino Celestial de Deus (veja o Apocalipse).
O Sermão da Montanha dá os requisitos que o homem deve alcançar espiritualmente, para poder ser herdeiro de tudo o que Deus preparou, para aqueles que dão prova que o amam, por trabalhar na obra que lhes designou, no seio do povo que reuniu na Igreja, com esse específico propósito.
Este é o sentido prático e objetivo final que existe na pregação do evangelho. A Igreja de Jesus Cristo continua a atuar no mundo dos espíritos, que seque-se a este nosso. A obra não sofre solução de continuidade. O sacerdócio de Deus, que o Sr, receber aqui na mortalidade, continua a atuar com todo o vigor lá, em preparação dos herdeiros do Reino Celestial e de outros reinos menores. Se o Sr, permitir, traremos uma cópia xerox relatando a visão dada por Deus a um dos nossos irmãos, em janeiro de 1920, onde estão focalizados os trabalhos do sacerdócio no mundo dos espíritos. É interessante notar que também não há solução de continuidade para a atuação do falso sacerdócio.
Para terminar de responder suas questões, afirmamos que nenhum ato justo, feito de coração reto, deixará de ser considerado na nossa salvação. Mas, devemos lembrar-nos que nos será dado, de acordo com as obras que realizarmos neste estado de provação. Logo, o tipo de salvação que herdaremos será função dessas obras.
Agora, perguntamos ao Sr. se poderemos voltar para apresentar as palestras regulares.
O KARDECISTA: Certamente! Certamente!
(As palestras foram dadas e dois meses após o Dr. Medeiros deixou de ser kardecista, e hoje é um membro do sumo-conselho de uma de nossas estacas.)
JOÃO BATISTA NÃO PODERIA SER A REENCARNAÇÃO DO PROFETA ELIAS
Perguntaram os fariseus:
"És tu Elias?, respondeu João Batista: "Não sou o dito Elias"; continuaram os fariseus: "És tu o Profeta (Elias)?", "Não" disse João; insistiram os fariseus: "Como, pois, batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta (Elias)?"
(João 1:21-25)
Posteriormente a isso, Jesus declarou que o Batista era o Elias que haveria de vir, e que ele não fôra reconhecido como tal pelos judeus!
A contradição é só aparente; porque ao analisarmos a última pergunta dos fariseus, vemos que eles discriminaram nitidamente:
Cristo, Elias e o Profeta (Elias). Estava, portanto, envolvido na questão, um outro Elias que não era o Profeta Elias! Quem era ele então?
- Se Jesus disse que João era o ELIAS que haveria de vir, aparentemente "contra" a palavra de João, que disse aos fariseus não ser o Elias que os judeus supunham; é porque o personagem a quem os judeus se referiram na pergunta, não era o mesmo ao qual Jesus se referiu ao dizer que João era o Elias que haveria de vir.
Os fariseus tinham em mente, na sua primeira pergunta, o Elias que haveria de restaurar todas as coisas; enquanto Jesus referiu-se ao Elias que haveria de "endireitar o caminho diante do Senhor", ao qual, chama de mensageiro em Mat: 3-l (ver Isaias 40: 3 e Lucas 7: 27); esse mensageiro, sem sombra de dúvida, era o
Batista! Mas o MENSAGEIRO do Pai (o ELIAS que haveria de restaurar todas as coisas era o próprio Cristo) e João tentou esclarecer isso aos fariseus: "Depois de mim vem um (Elias) mais poderoso do que eu... Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo." (Lucas 3:16)
Como João sabia não ser (ele mesmo) o Elias que haveria de restaurar todas as coisas, respondeu corretamente que não era aquele Elias que os judeus tinham em mente!
Podemos, assim, começar a discernir a confusão:
A palavra Elias tem duplo significado nas Escrituras, ela pode ser um nome pessoal, Elias (o profeta), ou ser empregada para definir uma atribuição (de mensageiro, de precursor, de preparador ou o que valha). Já o Profeta (Elias), a quem os fariseus também fizeram menção , é aquele citado em Malaquias 4: 5, que estava anunciado para vir, antecedendo a volta de Cristo nos últimos dias
..." para converter o coração dos filhos aos seus pais..."
Esse Profeta apresentou-se no Templo de Kirtland em 1836.
Foi ele que não provou a morte; que foi transladado diante de Eliseu. (II Reis 2:11); portanto seu corpo e espírito mantiveram-se unidos para sempre desde o nascimento carnal. Assim sendo, não é grande incoerência dizer que o espírito de Elias (o profeta) reencarnou em João Batista?
Quando os espíritas estudarem o Evangelho segundo o Espírito Santo em vez do "evangelho" segundo o espiritismo, terão condições de compreender e aceitar essa verdade! (AVAH, 1o- Volume p. 124 e 125)
A DOUTRINA DO KARMA VERSUS A EXPIAÇÃO DE JESUS CRISTO
(REENCARNAÇÃO versus RESSURREIÇÃO)
APÊNDICE 1 (AVAH, 2o- Volume)
Façamos antes algumas perguntas preparatórias:
Quem é o principal responsável por estarmos submetidos ao pecado, dor, aflição e morte?
Alguns dirão: - Adão!
Continuemos, porém, a aprofundar a pergunta: ... mas quem organizou as circunstâncias potenciais para que Adão pudesse desobedecer e ser condenado tanto à morte espiritual quanto à física?
- Naturalmente, aquele que levou-lhe o conhecimento da lei!
Então, podemos responder mais completamente:
- Embora Adão houvesse transgredido a lei e permitido que o poder do mal entrasse no mundo, isso só se tornou possível depois que a lei lhe foi declarada. Como, sem lei, Adão não poderia transgredir, o criador do pecado (em potencial) foi o autor da lei - Deus!
"Eu sou o que tira o pecado do mundo; porque fui eu quem criou o homem" (Mosíah 26:23)
Deus criou o homem perfeito e em perfeita inocência, depois revelou-lhe duas leis para serem obedecidas, mas dentro de circunstâncias que terminariam por levar Adão a ter que exercer uma entre duas opções. E ele preferiu transgredir uma lei menor (comer do fruto proibido) para poder obedecer a uma lei maior (ele acompanhou a mulher na queda para poder gerar seus filhos, permitindo que o Plano de Deus tivesse prosseguimento - pelo nascimento dos Seus filhos em corpos de carne, ossos e sangue).
Deus, para isso, organizou as circunstâncias potenciais geradoras do pecado, ao revelar a lei. O homem ao ser feito árbitro de si mesmo, exerceu sua escolha (contra a lei) e dinamizou o potencial do pecado com todos os seus efeitos devastadores. Mas o mestre do pecado é o demônio. (ver Mosíah 4: l4)
O pecado, por sua vez, gerou a morte espiritual e a morte temporal.
Essas mortes seriam de caráter eterno irreversível, a menos que houvesse interferência do próprio Deus, pois o homem mortal não as poderia remediar.
De fato, só Deus poderia tirar a morte do mundo, uma vez que foi Ele quem a criou. Ela tornou-se o maior e último inimigo da felicidade do homem, inimigo ao qual só mesmo o Messias teria o poder para vencer.
A lei eterna determinou, por causa da justiça, que o Deus que revelou a lei, Ele mesmo deveria tirar o pecado do mundo. É a compensação exigida, sem a qual Deus não Se poderia sentir justificado diante da própria justiça eterna.
Para tirar a morte do mundo, Ele precisaria subjugar seu poder e fazer reverter seus efeitos. Seria preciso Se deixar morrer; para depois Seu espírito retomar o corpo... e abrir a passagem para todos os mortos. Desenvolver o poder da ressurreição impondo-se ao poder da morte. (Mosíah 15: 7-9, 19, 20)
Sabemos ter sido Cristo quem realizou a expiação; portanto, ele mesmo foi quem deu a lei configuradora do pecado. Ele falou a Adão e a todos os demais profetas, sob o nome de Jeová.
(Isaias 43:3, l0, 11, 15; 50: 6-10; 53: 4- 11; Filipenses 2: 6-8)
O Homem não pecaria se Deus não houvesse revelado a lei, mas, ao ser ela declarada, ele foi exortado a cumpri-la, com promessas de bênção ou maldição (Deut 30:19). Isso tornou o homem responsável diante de Deus e árbitro de si mesmo, pela liberdade de consciência que passou a poder exercer em face das circunstâncias surgidas naquele novo estado de existência.
Através da lei recebida e da transgressão e queda de Adão, os espíritos dos homens, ao atingirem a idade da responsabilidade, perdem a inocência em troca da obtenção de maior inteligência e maturidade espiritual na eternidade. É uma mudança do estado de inocência, para um estado de culpabilidade, mas com potencial altamente promissor; mesmo sujeitos aos riscos, perigos e perdas eventuais.
Pelas penas que os homens fariam cair sobre suas próprias cabeças, ao se enredarem nas teias do pecado, por mal uso do livre arbítrio, a misericórdia de Deus estabeleceu uma maneira pela qual eles pudessem escapar da dor espiritual correspondente - O Criador da lei, que trouxe a possibilidade do pecado, sofreria as penas a que seriam condenados todos os Seus filhos, para que eles não precisassem sofrê-las.
Mas, como o homem também foi feito responsável diante da lei de Deus; para que essa graça de livramento dos castigos fosse alcançada por ele, tornou-se necessário estabelecer determinadas condições: 1- fé no Autor de uma compensação pelos pecados da multidão - o Messias, que viria no Meridiano dos Tempos realizar essa expiação (JesusCristo); 2 - arrependimento dos pecados, 3 -batismo por imersão; 4 - imposição das mãos por um portador do Sacerdócio para receber o dom do Espírito Santo, e então prosseguir vivendo de toda palavra que sai da boca de Deus, perseverando até o fim.
Quem não aceitar todas essas condições, não alcançará a graça oferecida, terá que arcar com o peso das penas por si mesmo. Para depois, receber o seu quinhão de salvação, de acordo com as obras realizadas na carne, (D&C 19:16-19). Essas obras são o fator determinante das grandes diferenças entre os graus de salvação dos homens na eternidade; elas os destinarão aos diferentes reinos de salvação preparados por Deus; e dentro de cada um deles, aos incontáveis graus inerentes a cada um. Isso éo que significam as palavras : "...será dado a cada um, de acordo com as suas obras".
Por isso, é imprescindível que o Evangelho venha a ser conhecido por todos os espíritos dos homens quer na terra física, quer no mundo dos espíritos, pois todos deverão decidir por si mesmos se usarão ou não do poder dessa graça. (l Pedro 3:18-19; 4: 5-6)
Por todas essas coisas podemos compreender da palavra de Deus:
Obedecidos os requisitos do evangelho, a remissão dos pecados é completa, perfeita, total (pois foi perfeita a compensação operada por Cristo). Ao lermos Hebreus 9: 25-27; l0:18 vemos essas coisas claramente confirmadas. (Ver também as referências do Livro de Mórmon sobre a expiação). A dialética kármica contraria tudo isso de maneira flagrante, mesmo assim domina muitos milhões de mentes; por que?
- Porque, pelo menos no que diz respeito aos espíritas, as pessoas desprezaram a leitura criteriosa da Bíblia; em troca da sofistaria satânica denominada O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
Deus revelou a verdade, veio ao mundo para confirmar tudo que anunciara por seus profetas; expiou, morreu, ressuscitou e subiu ao céu, prometendo voltar para salvar os que o esperam dignamente. Ele fez a Sua parte e deixou-nos sem desculpas, se não cumprirmos a nossa.
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS DO SACERDÓCIO NO MUNDO DOS ESPÍRITOS
"UMA MANIFESTAÇÃO CELESTIAL"
Por HEBER Q. HALE, Presidente da Estaca de Bolse, Idaho d’A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
É com um espírito bem humilde e grato, que vou tentar relatar nesta ocasião, a pedido, uma experiência pessoal, a qual, é muito sagrada para mim. Necessito ser breve. Além disso, há alguns assuntos que me foram dados a conhecer, e que não sinto liberdade de relatar aqui.
Deixem-me dizer, a guisa de prefácio, que entre às 24:00 h e 7:30 h da manhã do dia 20 de janeiro de 1920, enquanto eu estava sozinho num quarto da casa de meu amigo, W.F. Raeson, em Carey, Idaho, esta gloriosa manifestação foi concedida a mim.
Eu não estive consciente de nada do que me ocorreu durante as horas mencionadas, exceto o que experimentei. Eu não me virei na cama e nem fui perturbado por nenhum barulho. Se foi um sonho, uma aparição, uma visão ou uma peregrinação de meu espírito ao mundos dos espíritos eu não o sei... e não me importa.
Eu sei é que realmente vi e experimentei as coisas relatadas nessa manifestação celestial e elas são reais para mim, tanto quanto qualquer experiência de minha vida. Para mim, pelo menos, isso é suficiente.
De todas as Doutrinas e práticas da Igreja, o trabalho vicário pelos mortos, tem sido o mais difícil para eu compreender e aceitar totalmente. Eu considero esta visão, como uma resposta do Senhor à oração de minha alma, nisso e outras dúvidas que eu tinha.
(NOTA de Amoramon - Vemos aí aplicada a doutrina da revelação contínua; a qual é dada individualmente a quaisquer um de nós nesta Igreja, quando manifestamos um desejo são e ardente de saber determinados pontos da doutrina que não compreendemos - quanto à maneira pelas quais nossas dúvidas serão tiradas, devemos deixar à cargo do Senhor, em vez de sugerir que Ele faça dessa maneira ou daquela.)
Eu passei por um curto espaço de tempo, de meu corpo, por uma membrana, ao mundo dos espíritos. Isto foi a minha primeira experiência depois de dormir. Eu parecia reconhecer, que tinha passado pela mudança chamada MORTE e referi-me a ela em minha conversação com os seres imortais com quem imediatamente fiz contato; também observei o desagrado deles com o nosso uso da palavra MORTE e o medo que temos dela.
Eles usam ali uma outra palavra para referir-se à transição da mortalidade
para o mundo dos espíritos, palavra esta, que não me recordo, mas que me posso aproximar do significado, conforme a impressão que deixou em minha mente: "O NOVO NASCIMENTO"
Minha primeira impressão visual, foi a proximidade do mundo dos espíritos ao nosso mundo da mortalidade. A grandeza dessa esfera celestial foi desconcertante aos olhos deste espírito noviço. Muitos lá gozavam visão irrestrita e ação desimpedida. A vegetação e paisagem eram belas, além de qualquer descrição, Não era tudo verde lá como aqui, mas áureo, com tonalidades variadas de cor-de-rosa, cor-de-laranja e cor-de-alfazema, como o arco-íris.
Uma calma doce permanecia em todo o lugar. As pessoas que encontrei, eu não os vi como espíritos, mas como homens e mulheres, indivíduos pensativos e ativos, tratando de negócios importantes de uma maneira muito eficiente. Havia perfeita ordem ali e todo o mundo tinha alguma coisa para fazer e pareciam estar tratando de seus afazeres.
A crença de que os habitantes do mundo espiritual são classificados de acordo com suas vidas de pureza e a sua observância à vontade do PAI, foi subseqüentemente sentida por mim.
Particularmente, observei que os iníquos e os impenitentes são confinados a um certo distrito, isolados, com marcações definidas entre um e outro mundo (iníquos e justos), definitivamente determinadas e intransponíveis, tanto quanto a linha de divisão que existe entre o nosso mundo físico e o mundo espiritual; é apenas uma membrana, mas intransponível; até que a própria pessoa, por si mesma tenha mudado (para poder passar por ela).
Esse mundo dos espíritos, é o grande lar temporário de todos os espíritos aguardando a ressurreição dos mortos e o julgamento. Havia muita atividade dentro e entre as diferentes esferas. Vi professores designados, indo de esferas mais altas, para esferas mais baixas, a fim de cumprir com seus compromissos missionários. Eu tive grande desejo de encontrar certos parentes meus já falecidos e certos amigos também, mas fiquei imediatamente impressionado com o fato, de que tinha entrado num mundo tremendamente grande e extenso, muito maior mesmo do que a nossa terra, e mais numerosamente habitado.
Eu só podia estar em um lugar ao mesmo tempo, não podia fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo; assim como, só podia ver em uma única direção ao mesmo tempo. Portanto, compreendi que requereria muitos e muitos anos para achar e conversar com todo o mundo que conhecia e aqueles com quem eu desejava encontrar, e que não haviam sido chamados para me receber naquele momento.
Todos os homens e mulheres dignos estavam designados para fazer serviços especiais e regulares, sob um plano de ação bem organizado, dirigido principalmente para pregar o Evangelho do PAI aos não convertidos, ensinando àqueles que procuram conhecimento, assim estabelecendo relacionamentos familiares, juntando genealogias familiares para o uso e benefício de sobreviventes mortais de suas respectivas famílias, para que o trabalho de batismo e as ordenanças seladoras possam ser realizadas para os falecidos, nos templos de DEUS na terra.
Os representantes autorizados das famílias no mundo espiritual, têm acesso aos nossos registros no templo e são avisados totalmente do trabalho feito ali, porém o trabalho vicário feito no templo, não se torna automaticamente válido no mundo espiritual; pois o recebedor desse trabalho deve primeiro: crer, arrepender-se, aceitar o batismo e receber a confirmação. A partir daí então, certas ordenanças (NOTA de Amoramon - as ordenanças específicas do mundo dos espíritos, que não conhecemos ainda) são realizadas, efetivando essas ordenanças salvadoras que realizamos na terra, nas vidas desses seres regenerados.
Então, a grande obra está se realizando - eles fazendo um trabalho lá que não podemos fazer aqui, e nós fazendo um trabalho aqui, que eles não podem fazer lá - ambos necessários, sendo um o complemento do outro; e assim proporcionando a salvação de todos os filhos de DEUS que virão a ser exaltados.
Fiquei surpreso ao notar que não haviam bebês nos braços das mães.
Eu encontrei o filho infantil de Orson W. Rawlins, meu primeiro conselheiro e imediatamente reconheci-o como o bebê que morreu uns anos atrás, mas ele parecia possuir inteligência e, em certos aspectos, aparência de um adulto e estava empenhado em tratar dos negócios de sua família e com sua genealogia. Fiquei muito contente em saber que as mães ( NOTA de Amoramon - depois da ressurreição) novamente receberão em seus braços, os seus filhos que morreram em sua infância e estarão completamente satisfeitas; mas o fato permanece -
que ao entrarem no mundo dos espíritos eles são adultos, porém, há maior oportunidade de desenvolvimento, os bebês são espíritos adultos em corpos infantis.
Vi também, uma grande multidão de homens, a maior que já vi juntos em um só lugar; imediatamente reconheci-os como soldados, os milhões que foram massacrados e lançados tão rapidamente ao mundo dos espíritos durante a primeira guerra mundial. Entre eles estava calmamente e majestosamente um grande general, como comandante supremo daqueles soldados. Quando eu me aproximei, recebi um sorriso bondoso e uma generosa saudação daquele grande e amoroso homem chamado Richard W. Young.
Daí veio uma convicção absoluta em minha alma, que de todos os homens vivos ou mortos, não houve nenhum que fosse tão perfeitamente escolhido para a grande missão que ele exercia ali. Ele recebia a atenção e o respeito de todos os soldados. É um grande general e um grande Sumo-Sacerdote de Deus. Nenhum outro trabalho, pelo qual ele podia ter sido chamado, pode ser comparado com o atual em importância e extensão.
Andando mais à frente, por um tempo considerável, vi pessoas, algumas que eu já conhecia e muitos milhões que não conhecia. Aproximei-me de um pequeno grupo de homens, em pé em um caminho cercado de prados espaçosos e flores, gramados e matagal ornamental, tudo comum a tonalidade áurea cercando o caminho, que ia para um lindo edifício. O grupo estava empenhado em uma intensa conversação. Um daqueles homens deixou-os e veio vindo em minha direção pelo caminho. Reconheci-o imediatamente, era o meu estimado Presidente Joseph F. Smith. Ele me abraçou como um pai abraçaria o seu próprio filho e depois de algumas palavras de saudações, rapidamente declarou: "Você não veio para ficar"; declaração está, que compreendi ser mais como uma afirmação do que uma interrogação. Pela primeira vez conscientizei-me de minha missão incompleta na terra e, apesar de sentir que eu gostaria de ter ficado lá, imediatamente perguntei ao Presidente Smith se eu poderia voltar à terra, ele disse-me: "Você expressou um desejo reto", então ele replicou: "Eu apresentarei o assunto às autoridades e informo-lhe mais tarde",
Em seguida, nos viramos e ele conduziu-me para aquele grupo pequeno de homens, de onde tinha saido. Imediatamente, reconheci o Presidente Brigham Young e o Profeta Joseph Smith. Fiquei surpreso em achar o Presidente Young um homem mais baixo e forte do que eu tinha imaginado em minha mente. Do outro lado, vi o Profeta Joseph Smith mais alto do que eu esperava. Ambos possuíam uma calma e uma majestade santa.
Eles foram bondosos e cavalheiros para comigo. O Presidente Smith apresentou-me aos outros. Em seguida, voltamos pelo mesmo caminho; o Presidente Smith ainda apresentou-me a outras pessoas; e daí partiu dizendo que me veria novamente.
Foi-me permitido avistar esta terra e tudo o que estava ocorrendo sobre ela. Não houve limites em minha visão (NOTA de Amoramon - agora ele estava recebendo uma visão da terra pelo poder do Espírito, e não olhando diretamente com seus olhos do corpo de espírito, condição em que teria certas limitações, conforme descritas anteriormente neste relato); e fiquei espantado com isto. Vi minha esposa e meus filhos em casa. Vi o Presidente Heber J. Grant como o cabeça desta grande Igreja e do reino de DEUS, recebendo luz e verdade e guiando o seu destino ( da Igreja). Eu contemplei esta Nação (Estados Unidos da América), que foi fundada sobre princípios corretos e designada a permanecer, porém ela estava cercada de iniquidades e forças sinistras, que procuravam conduzir os homens à destruição. Eu vi vilas e cidades, os pecados e iniquidades de homens e mulheres. Vi navios velejando sobre os mares e os vastos campos marcados e feridos pela guerra na França e na Bélgica. Em uma só palavra, eu contemplei o mundo inteiro como ele era: Como um panorama passando diante de meus olhos. Daí, senti aquela inesquecível impressão de que toda a terra, as cenas e pessoas sobre ela, estão abertas à visão dos espíritos, mas somente quando é dada uma permissão especial, ou quando eles precisam fazer um serviço especial aqui. Isto é verdadeiro para aqueles espíritos dignos, que estão ativamente empenhados no serviço do Senhor, e para aqueles que não podem estar empenhados em dois campos de atividades ao mesmo tempo.
Os espíritos iníquos e impenitentes, tendo ainda, como todo mundo, o seu livre-arbítrio, não se aplicam em nenhuma incumbência útil ou salubre. Eles procuram prazeres nos velhos fantasmas e exultam no pecado e na miséria da humanidade degenerada. Neste sentido, eles ainda são ferramentas de satanás. São esses espíritos preguiçosos, danosos e enganosos que aparecem como miseráveis e fraudulentos em sessões espíritas, chamadas de mesas brancas e outras operações enganosas semelhantes, os espíritos nobres e grandes não atendem ao chamado do médium e de grupos de intrometidos inquiridores que aparecem. Eles não faziam isso na mortalidade e certamente não irão fazer agora em seu estado mais avançado de conhecimento no mundo da imortalidade.
Esses espíritos iníquos que não se arrependem, são espíritos aliados de satanás e seu exército, operando através de seus médiuns na carne; essas três forças, constituem um perverso triângulo ou trindade sobre a terra e são responsáveis por todo o pecado, iniqüidade, aflição e miséria entre os homens e as nações.
Avancei mais em frente, banqueteando os meus olhas nas belezas que me cercavam e glorificando-me na desejável paz e felicidade que habitavam em todo aquele mundo e em todas as coisas. Quanto mais distante ia, as mais gloriosas cenas tornavam a aparecer.
Enquanto eu estava em pé, de um certo ponto, vi um templo maravilhosamente belo, com cúpulas de ouro, de onde saiu um pequeno grupo de homens vestidos com túnicas brancas, que pararam para uma pequena conversa. Esses foram os primeiros que vi vestidos dessa forma. Os milhões que tinha visto anteriormente, estavam logicamente, vestidos, porém eram vestimentas variadas e os soldados estavam, por exemplo, vestidos com uniformes.
Nesse pequeno grupo de homens, meus olhos se centralizaram em um deles, mais resplandecente e santo do que todos os outros. Enquanto eu estava assim contemplando-o, o Presidente Joseph F. Smith saiu do meio deles e veio para o meu lado. "Você sabe quem ele é?" ele perguntou. E eu imediatamente respondi: "Sim, eu o conheço, meus olhos contemplam o nosso Senhor e Salvador." - "É verdade", replicou o Presidente Smith. E Oh! Como a minha alma estremeceu de êxtase e uma inexplicável alegria encheu o meu coração! O Presidente Smith informou-me, que eu tinha permissão para voltar e completar a minha missão na terra da forma como o Senhor tinha designado a cumprir; e aí, com a mão sobre meu ombro, proferiu estas memoráveis palavras:
"Irmão Heber, você tem uma grande obra a realizar. Ande com um coração devoto e será abençoado em seu ministério. Deste momento em diante, nunca duvide que DEUS vive, que Jesus Cristo é Seu filho, o Salvador do mundo e que o Espírito Santo é um Deus de Espírito e o mensageiro do Pai e do Filho. Jamais duvide da ressurreição dos mortos e da imortalidade da alma; que a missão dos Santos do Últimos Dias é pregar o evangelho para toda a humanidade, os vivos e os mortos e que o grande trabalho nos Templos Santos para a salvação dos mortos só está no começo e saiba disso, que Joseph Smith foi um enviado de DEUS para introduzir o evangelho na dispensação da plenitude dos tempos, que é a última oportunidade para os mortais da terra. Que seus sucessores foram todos chamados e aprovados por DEUS. O Presidente Heber J. Grant é, nesse momento, o reconhecido e ordenado cabeça d’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias sobre a terra. Dê a ele a sua confiança e também o seu apoio. Muito do que você tem visto e ouvido aqui não será permitido repetir quando você voltar."
Assim dizendo, despediu-se e disse-me "Deus Te Abençoe".
Daí em diante, andei por uma considerável distância, passando por várias cenas e inumeráveis pessoas antes que eu chegasse na esfera, de onde eu tinha entrado no início. No caminho de volta, despedi-me de muitos amigos e parentes, sendo que alguns deles enviaram palavras de saudações e conselhos aos seus entes-queridos aqui; sendo que minha mãe era uma delas. Encontrei o irmão John Adamson, sua esposa, seus filhos James e lsabell, que foram mortos pela mão de um assassino na casa deles em Carey, Idaho, na tarde do dia 29 de outubro de 1915. Eles pareciam radiantes quando souberam que eu estava voltando para a mortalidade e imediatamente o irmão Adamson disse-me:
"Diga aos nossos filhos que somos felizes e estamos muito ocupados; que eles não devem lamentar a nossa partida e também, não devem preocupar suas mentes a respeito da maneira pela qual partimos. Há um propósito, e nós temos muito trabalho a realizar aqui, que requer nossos esforços coletivos e não poderíamos fazê-los individualmente."
Eu imediatamente entendi que o trabalho que estavam realizando era a genealogia; eles estavam trabalhando na Inglaterra e Escócia. Um dos maiores e mais sagrados no céu, é o relacionamento familiar. o estabelecimento de correntes completas, sem elos incompletos, traz alegria total. Elos totalmente estragados serão tirados e provavelmente novos elos serão colocados nas vagas, ou dois elos contíguos serão ligados juntos. Homens e mulheres em todo lugar do mundo, estão sendo motivados pelos seus antepassados falecidos para juntar genealogia.
Esses são os elos das correntes, as ordenanças de batismo, endowments e selamentos realizados nos templos de DEUS pelos vivos para os mortos.
São as ligações dos elos. Ordenanças são realizadas no mundo espiritual confirmando os recebedores individuais e os princípios salvadores do evangelho realizados aqui.
Quando aproximei-me do lugar por onde eu tinha entrado, minha atenção foi atraída para um pequeno grupo de mulheres preparando o que parecia ser vestimentas.
"Nós estamos preparando a recepção para o irmão Phillip Worthington brevemente".
(Phillip Worthington faleceu no dia 22 de janeiro de 1920; o Presidente Hale foi notificado por telegrama, voltou para Boise e pregou no enterro dele no dia 25 de janeiro).
Quando admirado repeti o nome dele surpreso pela sua vinda, fui admoestado:
"Se você soubesse da alegria e missão gloriosa que está sendo reservada para ele, você não pediria que ele ficasse por mais tempo na terra".
Aí, inundou a minha consciência esta terrível verdade: Que a vontade do Senhor pode ser feita tanto na terra como no mundo espiritual por nós e através de nós. Por causa do egoísmo do homem e a vontade pessoal, contra a vontade de Deus, muitas pessoas que talvez teriam partido em inocência e paz, tem continuado a viver e passado por uma vida de sofrimentos e misérias ou deboches e crimes; vivendo para seu próprio risco. Homens e mulheres e também crianças, são muitas vezes chamados para missões de grande importância do outro lado e respondem alegremente; enquanto outros recusam-se a ir, e seus ente-queridos não os deixam partir. Também, muitos morrem porque não têm a fé para serem curados. Ainda outros, vivem muitos anos e passam por este mundo de mortais, sem qualquer manifestação especial ou ação da vontade Divina.
Quando um homem estiver aflito e doente, a pergunta de capital importância não é... "Será que ele vai viver ou morrer?"
Que diferença faz se viveremos ou morreremos, desde que a vontade do Pai seja feita?
Certamente nós podemos confiar em Deus. É aí que entra o dever especial e privilégio de administração pelo Santo Sacerdócio, que é dado aos lideres d’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, para efetuar a vontade do Pai, concernente àqueles sobre quem suas mãos estão colocadas. Se por alguma razão, eles não conseguem identificar a vontade do Pai, devem continuar orando com fé para aliviar a aflição daquela pessoa, mas humildemente concedendo supremacia para a vontade de Deu; para que a vontade Dele possa ser feita tanto na terra como nos céus.
Para uma pessoa justa, o nascimento no mundo espiritual é um privilégio glorioso e uma benção.
Os maiores espíritos da família do Pai Celestial, usualmente não permanecem muito tempo na carne. Eles são chamados ao mundo dos espíritos para realizarem certa missão onde o campo é maior e os trabalhadores são poucos. Esta missão terrena, pode portanto, ser longa ou curta, dependendo de como o Pai quer que seja. (NOTA de Amoramon, observe-se que aqui o Presidente Hale está apresentando uma opinião pessoal. Talvez a tradução não esteja muito precisa neste ponto. Seria melhor dizer "Alguns dos maiores espíritos ..." em lugar de dizer "Os maiores espíritos ...")
Quietamente passei por onde eu tinha entrado no mundo dos espíritos e imediatamente o meu corpo foi estimulado e levantei-me para ponderar sobre isso e para registrar as muitas coisas maravilhosas que eu tinha visto lá.
Permitam-me aqui e agora, declarar ao mundo que, sem preocupação do que outros possam pensar ou dizer; que eu sei através de meu próprio conhecimento e de minha própria experiência, que Deus é o Pai dos espíritos de todo homem e que ELE VIVE! QUE JESUS É O SEU FILHO E O SALVADOR DO MUNDO; que o espírito do homem não morre! Mas sobrevive a mudança chamada "morte" e vai ao mundo dos espíritos; que o mundo dos espíritos fica sobre ou perto da terra; que espíritos tomarão seus corpos novamente na ressurreição; que os princípios de salvação estão sendo agora ensinados aos espíritos e que o grande trabalho de salvar a família do Pai entre os vivos e os mortos, está em processo e que, enfim, comparativamente, poucos serão perdidos; que o evangelho de Jesus Cristo foi novamente estabelecido na terra com todas as suas chaves, poderes, autoridades e bênçãos, através do chamado de Joseph Smith; que isto é o poder que salvará e exaltará todos aqueles que se renderem à obediência aos seus princípios e que, enfim, salvará o mundo; que o fardo de nossa missão é salvar almas para Deus e que o trabalho para a salvação dos mortos é tão importante quanto o é o trabalho para os vivos.
(NA DEDICAÇÃO DA CAPELA EM NEWCASTLE, AUSTRÁLIA, ELDER PAUL H. DUNN, DO PRIMEIRO CONSELHO DE SETENTAS, CONFIRMOU QUE ESTA MANIFESTAÇÃO FOI AUTÊNTICA E ACEITA PELA IGREJA).
PREÂMBULO AO CONTATO 5
PREPARAÇÃO PARA O ENCONTRO COM O PRESBITERIANO, CONVERSA DOS MISSIONÁRIOS
- Conheço o Sr. que vamos visitar hoje, desde os meus quinze anos de idade. Ele trabalhava numa indústria de tecidos em São Paulo, antes de mudar de ramo e passar a residência para o Rio. É membro ativo da Igreja Prebisteriana desde jovem: conhece bem o protestantismo e é uma pessoa muito franca, ao ponto de ser rude algumas vezes. Ele condescendeu em marcar esse nosso encontro, em atenção à amizade que mantém com meu pai, mas sinto que se tocarmos seu coração ele entenderá a mensagem.
- É irmão, gosto de lembrar dos grandes nomes dos primórdios desta nossa restauração. A maioria deles era da fé protestante, embora vindos de diversas denominações. Entre muitos deles, gosto de lembrar de Parley P. Pratt e de sua busca constante, sempre por maior luz.
Bem jovem ainda uniu-se à Igreja Batista. Cerca de um ano e meio após seu casamento, ele encontrou mais luz na pregação dos Discípulos e decidiu dedicar sua vida à pregação daquela fé.
Pouco depois, porém, teve conhecimento do Livro de Mórmon e dos fatos relacionados com seu aparecimento. Convenceu-se da maior luz que o mormonismo trazia, e abraçou nossa fé para não mais mudar. Parley descobriu que as diversas igrejas fundadas pelo homem podem trazer-nos em seus ensinamentos graus menores ou maiores de luz; que o espírito autêntico, na sua busca por mais luz, não se deixa deter, até que encontre algo maior e que não possa ser superado diante de sua consciência. É preciso ter coragem moral para mudar; para não se deixar deter em nome de tradições ou de grupos de pressão, sejam elas de que natureza forem.
- Realmente! Brigham Young, o segundo presidente da nossa Igreja, era metodista, e Heber C. Ximball era da Igreja Batista. Todos eles foram homens de grande envergadura espiritual. Mas, de minha parte, também gostaria de lembrar do discurso memorável feito por Parley P. Pratt no Canadá.
A força missionária de suas palavras, precisa ser melhor conhecida e avaliada por todos nós. Parley buscou a inspiração para esse discurso, das questões levantadas por John Taylor numa reunião precedente, diante de várias pessoas que costumavam freqüentar duas vezes por semana a casa de uma delas, com o objetivo de estudar a Bíblia de forma independente das seitas locais.
UM EQUACIONAMENTO PERFEITO
Nessa época, John Taylor ainda não se unira ã nossa Igreja.
Algumas questões de John Taylor na sua fala, foram de importância capital para uma busca sensata e inteligente. Veja:
Depois de ler no Novo Testamento a passagem relatando a ida de Felipe à Samaria ensinar o evangelho, e o que se passou, John Taylor colocou essas questões:
- Onde está nosso Felipe?
- Onde estão nossos Pedro e João? Nossos apóstolos?
- Onde está nosso dom do Espírito Santo pela imposição das mãos do sacerdócio? Alguém responda, onde?
- É, o padrão de organização da Igreja Cristã (origínalmente estabelecida por Jesus), o modelo para a organização em todos os tempos futuros? Se é assim, nós como povo, não temos o ministério, as ordenanças, os dons que constituíram a Igreja de Jesus Cristo.
Alguém nos diz que fomos aspergidos na infância... Que enorme diferença dos samaritanos que foram batizados "quando creram, e receberam a palavra com alegria."
Pedro e João haviam sido ordenados apóstolos por Jesus, e administravam o Espírito Santo pela imposição das mãos, no nome de Jesus.
Em vez disso, nossos ministros foram comissionados pelo Rei e Parlamento da Inglaterra, ou por John Wesley e seus sucessores, sem nenhuma reivindicação de que sua autoridade tenha vindo do Senhor ou de seus anjos.
Os samaritanos tinham dons espirituais, nós não temos nenhum deles. Então, se diferimos inteiramente do padrão em todas as coisas, o que podemos reivindicar, ou qualquer igreja do mundo cristão, como sendo a verdadeira Igreja que Cristo fundou?
Se não somos membros da verdadeira Igreja de Cristo, em que diferimos dos pagãos, a quem alguns de nós desprezam ou têm piedade?
No que diz respeito ao padrão da verdadeira Igreja Cristã, todos nós somos pagãos, já que não temos nem mesmo a sombra de qualquer coisa daquele padrão. Original; que dizem vocês disso, meus irmãos?
- Que tremenda conscientização deve ter levado aos ouvintes essas palavras! Que formidável análise de situação! Que preparação mental para uma busca autêntica1
Agora lembro-me do nome do anfitrião dessas reuniões, era o Sr. Patrick, um rico aristocrata que tinha um cargo no governo.
- É uma pena que não podemos estudar o discurso de Parley, pois estamos quase na hora do encontro com meu amigo presbiteriano. Mas ele está escrito na Autobiografia de Parley P. Pratt, ocupa dez páginas do capítulo dezoito.
O fato é que, tanto a fala de John Taylor quanto o discurso de Parley são tão atuais hoje quanto o foram no século dezenove; o bem que farão a todas as pessoas que pensam com independência é o mesmo. Infelizmente o livro ainda não foi traduzido para o português.
Bem, é hora de pedirmos ao Senhor que nos dê sua inspiração para o encontro.
- De acordo, mas gostaria de sugerir que déssemos uma cópia desse discurso ao seu amigo, caso ele declare ser capaz de ler em inglês. Que tal?
- Excelente idéia! Tenho quase certeza que ele conhece inglês até melhor do que eu. Também incluirei uma cópia a este nosso relatório de Contatos, para referência futura de outros missionários como nós.
- Seria lastimável que as pessoas não pudessem tomar conhecimento do discurso, por não lerem inglês. Farei um resumo da pregação do - irmão Parley, para que a idéia fundamental seja captada por todos. Sugiro que além do texto integral em inglês, anexemos também o resumo do discurso.
- Você hoje está verdadeiramente inspirado! É exatamente o que vamos fazer!
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EXTRATOS DO DISCURSO DE PARLEY P. PRATT EM TORONTO, CANADÁ
"...Certos princípios definitivos existiam, os quais, praticados e usufruídos, constituíam a Igreja Cristã ou corpo de Cristo, tais como:
Primeiro - Um sacerdócio inspirado ou apostolado, autorizado para administrar salvação no nome de Jesus.
Segundo - Fé nas suas palavras e testemunho, da parte daqueles que os ouviam.
Terceiro - Reforma de vida.
Quarto - obediência a certas ordenanças, como o batismo e a imposição das mãos no nome de Jesus Cristo, para a remissão dos pecados e o dom do Espírito Santo.
Quinto - os dons espirituais concedidos ao corpo assim organizado, para sua edificação, crescimento e aperfeiçoamento.
...Aqueles que admitem as escrituras como sendo um registro das coisas como de fato existiram, rapidamente concordarão que os cinco princípios acima, efetivamente existiram, e constituíram o corpo da Igreja Cristã ou corpo de Cristo.
Isso, então, constitui o modelo ou padrão do objeto de nossa presente busca.
...Ou os mesmos princípios seriam requeridos para constituir o corpo de Cristo em todas as idades subsequentes ou, de outra forma, o Novo Testamento tem que deixar de ser um "standard", e ser suplantado por dispensação posterior, declarando poder para anular ou tornar ultrapassada a dispensação de Jesus Cristo e seus apóstolos, e para introduzir uma outra ordem de coisas no seu lugar.
(NOTA de Amoramon - seria necessário para isso, acontecer o mesmo que aconteceu entre a dispensação de Moisés e a de Jesus Cristo e Seus apóstolos, a última substituindo e suplantando a anterior, como efetivamente aconteceu no Meridiano dos Tempos - Mas, qual dispensação posterior poderia suplantar a de Jesus Cristo? É exatamente essa impossibilidade, o ponto que Parley quer demonstrar)
Esta última alternativa, ninguém ousaria declarar correta.
... Por que, então, estamos nós em dificuldade para julgar os vários, sistemas que, nos tempos modernos, estão declarando ser a igreja de Cristo?
Por que não os comparamos com o modelo correto que já conhecemos e rejeitamos ou aceitamos de imediato?
Talvez seja dito que tal procedimento leva a conseqüências e conclusões tão terríveis; apresenta a verdade de modo tão indesejável, que é melhor fechar a vista a ela.
... Pode alguém dizer: Se o antigo modelo é o padrão, então , o véu do atual Cristianismo é retirado, e o mundo inteiro é descristianizado, porque em nenhum lugar encontramos tal padrão. Bem, admitamos então, que a igreja Cristã não exista entre os homens na atualidade, e que ela não tem existido desde muito tempo. E daí? Existe uma verdade?
Se existe, ela não fará mal a ninguém. Se o mundo todo tem estado por muitas idades envolto em mistério e engano, não é melhor descobri-lo agora, do que continuar em ignorância até que Jesus o revele no dia do julgamento, e nos lance dos mais altos pináculos da esperança e expectativa, para o desespero; sujeitos a estado mil vezes mais doloroso, pela súbita reversão?"
(NOTA de Amoramon - Para evitar isso, Deus teria que restaurar a verdade, pelo amor que tem aos homens, no desejo que eles alcancem a graça da salvação)
"Mas, suponhamos que ao abrir nossos olhos para essa grande descoberta, procuremos e encontremos em todo o conteúdo dos escritos proféticos, a confirmação de nossas observações e conclusões?
Suponhamos que Jesus Cristo e seus apóstolos e profetas, juntamente concordem com isso, ao dar seus testemunhos, predizendo a exata ordem de acontecimentos que nós descobrimos existirem... Não seria isso...uma dupla confirmação de que abrimos nossos olhos e descobrimos uma conspiração, a tempo de escapar...?
Poderíamos então exclamar... - Ó mistério da iniquidade! Estás finalmente desmascarado, tu que enganaste as nações com tua feitiçaria, e com quem os reis da terra, os nobres e grandes homens, cometeram a fornicação, e viveram voluptuosamente; tua máscara foi retirada, e o povo verá tua nudez e te desprezará; e muitos estarão prontos quando a proclamação for feita:
- "Saí dela, vós que sois o meu povo."
Mas suponhamos, de outra maneira, que fechemos nossos olhos para essas verdades, e agasalhemos no nosso peito esses sistemas de erro e falsidade, os quais clamam serem de Cristo, mas não são. O resultado disso, é que estaremos dando continuidade à edificação daquilo que o Senhor determinou-se a abater no devido tempo, e estaremos nos o pondo àquilo que o Senhor enviará ao mundo, para completar sua obra.
Nesse caso, seríamos seus inimigos (quer consciente quer inconscientemente) e na sua vinda, seríamos encontrados lutando contra Ele.
Olhemos para os judeus aos olhos dos profetas... Por quase dois mil anos os vemos sem um profeta, um sacerdote inspirado, rei, governador ou mestre para guia-los à luz, à liberdade ou à Deus. Nenhuma voz da sarça ardente; nenhum relâmpago sobre o Sinai; nem mesmo uma voz suave sussurrando do direito e da salvação...enquanto vagavam e eram oprimidos, dentro da escuridão do domínio dos gentios...
Nós perguntamos aos judeus; por que tudo isso? Não será porque vossos pais rejeitaram o Messias, seus santos apóstolos e profetas; e aquelas coisas lhes foram retiradas por ira do Todo-Poderoso?
- Ó não, dizem os judeus, nós somos a verdadeira Igreja e o povo de Deus; revelações, profetas, visões, anjos e dons, foram dados apenas para o estabelecimento da igreja de Israel, e estando completo o cânon das cscrituras, não houve mais necessidade dessas coisas; por isso, elas cessaram completamente.
Agora, vocês sabem que os judeus estão enganados. Vocês sentem lástima e se admiram de sua ignorância... Vocês também sabem que, antes da vinda de Cristo, no período entre o profeta Malaquias e a vinda de João Batista, quando todos esses dons cessaram na igreja dos judeus, formou-se uma multidão de seitas, nenhuma das quais era verdadeira.
Todos deveriam arrepender-se e ser batizados por João, para o caminho do Senhor ser preparado... Vocês também sabem que os judeus, tendo rejeitado a Cristo e seus apóstolos, o reino lhes foi tomado; e dado a outro povo, que deveria produzir os frutos do mesmo. Se os judeus, até hoje estão sem essas coisas, é porque seus pais as rejeitaram mil e oitocentos anos atrás (agora são quase dois mil anos).
Mas os judeus nada sabem dessas coisas. Eles estão cegos pelo enganoso pensamento de que sua raça, tendo sido a escolhida pelo Senhor necessariamente permanecerá para sempre favorecida, cometendo ou não iniquidade...
... Agora, voltemo-nos para a igreja dos gentios. Pela ministração dos apóstolos, eles receberam o reino de Deus e participaram dos seus frutos. os ramos naturais (os judeus) foram quebrados e retirados, e os gentios foram enxertados no seu lugar.
"Cuidai pois", diz o apóstolo Paulo, "porque se Deus não poupou os ramos naturais, muito menos poupará a vós."
Quando os gentios receberam o reino, e nele se tornaram, foram abençoados com o ministério de homens inspirados, e favorecidos com revelações, visões, anjos e profetas, como dá testemunho o Novo Testamento.
O que aconteceu, o que foi feito dessas coisas? Em que circunstâncias, e em cumprimento de que escrituras, essas coisas também cessaram entre os gentios?
O profeta Daniel havia previsto os vários poderes que se levantariam na terra para estabelecerem seus governos. Mas o poder de Roma, o mais terrível de todos, destruiria tanto os fortes quanto o povo santo...até que chegasse o fim, quando os santos receberiam o reino sob todo o céu, e o possuiriam para sempre.
Essa é a substância do testemunho de Daniel. João, em sua revelação, prevê a mesma coisa...
Paulo também prevê um tempo em que os homens "não suportarão a sã doutrina, mas fecharão seus ouvidos à verdade, e se voltarão às fábulas, chamando a si uma multidão de mestres."
Diz que eles teriam uma aparência de religiosidade, mas que negariam o poder de Deus (isto é, o verdadeiro trabalho de Deus manifestado entre eles nos últimos dias ou tempos do fim). Paulo também dá testemunho de que, se os gentios não se mantivessem na fé, encontrariam a mesma queda que sofreram os judeus.
(NOTA de Amoramon: Os pais do protestantismo, descobriram que os gentios, representados pelo poder da igreja romana, já haviam desde muito tempo caído. Tanto prova que trataram de retirar-se dela... e fizeram muito bem! Mas, o problema é que não tinham para onde retirar-se, a não ser que organizassem sua própria igreja.
Foi exatamente o que fizeram, naturalmente não queremos falar das ramificações que vieram depois. Mas os pais protestantes, colidiram de frente com um problema ainda maior, o Salmo 126:1: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem."
Realmente, este sim, era o problema insuperável para o homem; e por que?
- Porque só Deus pode estabelecer sua igreja.
Seria plenamente compreensível que eles edificassem um lugar para ir na sua retirada, mas que esclarecessem a todos, que aquela era a sua igreja, e não a Igreja de Deus, pela qual, deveriam esperar.
Quase dois séculos depois de Lutero, o grande reformador Roger Williams compreendeu plenamente essa verdade, quando fez a declaração de que não havia nenhuma igreja legalmente constituída, até que novos apóstolos fossem enviados por Deus.)
Jesus Cristo fala de uma época quando os tempos dos gentios estarão cumpridos: seu domínio chegará ao fim com grande julgamento, e que Jerusalém não mais será pisada sob os pés dos gentios.
Agora, o sumário de todas essas coisas é: Os gentios mataram os apóstolos e homens inspirados; cessaram de produzir os frutos do reino; embebedaram-se com o sangue dos santos; destruíram os fortes e o povo santo; mudaram os tempos, as leis e as ordenanças de Deus; afastaram seus ouvidos da verdade e se entregaram fábulas; não mais suportaram a sã doutrina, mas acumularam para si uma multidão de mestres; mantiveram uma forma de religiosidade; encheram-se de nomes blasfemos; enganaram todas as nações e arrastaram reis e grandes homens para a trilha de suas misteriosas abominações e farsas religiosas.
Os gentios continuarão a dar as regras por esses meios fraudulentos, até que os julgamentos do Todo-Poderoso os varram da terra; ponha fim ao seu domínio, restaure Israel e Jerusalém, e dê o domínio do mundo aos santos.
...Como protestantes, não podemos reivindicar uma linha de sucessão vinda dos apóstolos; pois, isso implicaria que nós jamais tenhamos sido católicos romanos ( NOTA de Amoramon - a quem os pais do protestantismo condenaram como apóstatas e de quem se separaram); nesse caso, que necessidade teríamos tido de protestar ou nos desmembrar de uma comunidade a que jamais teríamos pertencido?
Nada menos do que uma nova dispensação - uma nova revelação para comissionar apóstolos, como foi feito inicialmente - poderia dar a qualquer corpo religioso o direito a reivindicar ser a Igreja de Jesus Cristo...
...Este, meus amigos, é o quadro deplorável da cristandade dos gentios apresentada diante de nós, quer olhemos a olhos-nus para os fatos que nos cercam, quer ajudados pela visão da profecia e da história, passemos em revista as sucessivas gerações do longo passado.
Mesmo assim, dentro do reino de erro e sangue, sempre houve muitos indivíduos que desejaram conhecer e servir ao Senhor. Desejaram ver o triunfo da verdade; mas o tempo ainda não havia chegado; eles morreram sem vê-la, mas serão levantados novamente para participar do triunfo que almejaram; eles e nós nos regozijaremos, quando o erro for sobrepujado e os santos possuírem o reino...
(Aqui o discurso foi interrompido e acertado para continuar no dia seguinte).
O CONTATO 5
O PRESBITERIANO: - Afinal, o que vocês pregam, a fé em Cristo ou a fé em Joseph Smith e na Igreja que ele fundou? Sabemos que nenhuma igreja salva, posso citar inúmeras escrituras que dão prova disso, vejam Atos 16:31; João 1:13; João 6:37; Marcos 1:21... Em conjunto, essas escríturas dizem:
"Jesus salvará seu povo dos seus pecados... todo o que vem a mim, de modo algum o lançarei fora... a tantos quantos o receberam, deu-lhes poder para serem feitos filhos de Deus...vinde então e aceitai-o agora como o vosso salvador, porque ele se compadecerá de vós e é grandioso em perdoar".
Pode haver coisa mais clara e esperança mais certa do que crer nessas palavras?
MISSIONÁRIO: O centro de nossa pregação, sempre foi e será o Senhor Jesus Cristo. Por isso, não podemos deixar de anunciar a quem ele chamou dos céus nos últimos dias, para servir-lhe de instrumento e porta-voz para nossa geração. Se não o fizéssemos, estaríamos deixando de receber um profeta que o Senhor nos enviou.
"Aquele que recebe um profeta na qualidade de profeta, recebe uma recompensa de profeta."
(Mat. 10: 40) E quem não o recebe, que recompensa obterá?
Concordamos com o Sr., quando diz que nenhuma igreja pode salvar o homem e sim a pessoa do Senhor Jesus Cristo. É verdade que isoladamente dele, nenhuma igreja poderia salvar.
Mas será verdade que, simplesmente por se dizerem associadas a seu nome, sem cumprir os requisitos de legalidade e justiça revelados do céu, o Senhor salva? Será verdade que todas as incontáveis denominações protestantes que professam seu nome e crêem nele, podem levar a salvação aos homens, pelos méritos de sua expiação?
Nesse caso, por que também não podem salvar-nos as Igrejas romana e ortodoxa grega? Elas também professam o Senhor Jesus Cristo.
Se assim fosse, o que faríamos dessas escrituras:
"Deus não é autor de confusão, mas de paz."... "É Cristo dividido?" "...Uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir"... "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constróem."
(Respectivamente: 1 Cor l4: 33; 1 Cor 1:12-13; e Salmo 126:1)
A resposta é óbvia: É preciso que a igreja seja A Dele.
Para tal, ela deve ser edificada por ele, pessoalmente ou sob sua direção, através de quem ele chamar na terra para isso; ou trabalharão em vão os que edificarem igrejas desautorizadamente... porque Cristo não é dividido, e porque Deus não é autor de confusão, mas de paz.
Nisso, sabemos que todos estamos de acordo, caso contrário estaremos contra Deus.
Somos nós que dizemos serem, os edificadores de igrejas, os autores de confusão e divisão entre os filhos de Deus ou o diz a própria escritura, na qual declaramos crer?
Quem autorizou a edificação da vossa igreja; o edificador foi chamado e comissionado pelos anjos de Deus?
Perguntamos isso, porque sabemos que Joseph Smith recebeu dessa forma o seu chamado. Se vocês também o receberam dessa forma, então, quem nos chamou é autor de confusão e não é Deus.
Mas se foi de Deus o chamado (e sabemos que foi), então, só uma igreja neste mundo terá sido edificada dessa forma. Percebe o Sr. a delicadeza e importância da questão?
Se Deus disse a Pedro que edificaria sua igreja sobre a rocha da revelação e, por não ser católico, o Sr. tem plena compreensão disso, então, sabe que será necessário receber revelação pessoal para poder reconhecer a verdadeira igreja...
"Quem procura acha... a quem bate ser-lhe-á aberto..."
Seria então errado dizer que "Quem não procura não acha... a quem não bate, não ser-lhe-á aberto?"
A resposta a essa busca deve vir por uma revelação do Espírito, é de Jesus essa palavra, não nossa.
Diante disso, qual é a Igreja verdadeira? O Sr. será capaz de apontar?
Certamente que o Sr. não poderá apontá-la; pois, só a revelação de Deus está habilitada a fazê-lo.
Agora, com essas escrituras que focalizamos, o Sr. só poderá mesmo apontar, com certeza, as que não são verdadeiras. E isso também só lhe é possível pela palavra revelada nas escrituras, desde que as entenda pela luz de Cristo E que enorme multidão delas o Sr. apontará!
O PRESBITERIANO: Muito bem, então, você invalida todo nosso esforço, toda a dedicação de nossos líderes, anos a fio, na busca de agradar a Deus e reunir seu rebanho? Você está tentando convencer-me de que a única igreja que Deus aceita é a de vocês? Não é isso uma tremenda pretensão, uma tremenda falta de tato no relacionamento com as pessoas? Como esperam ser aceitos dessa maneira, onde está o amor e a boa vontade que deve ter todo o cristão verdadeiro?
MISSIONÁRIO: Observe bem a quem o Sr. pode estar acusando de todas essas faltas. Veja, se fomos nós que inventamos a história da fundação d’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, então, bem merecemos toda essa sua crítica. Mas, se foi Deus quem nos enviou, na autoridade e poder do Seu sacerdócio, então, a crítica que nos lança, atinge diretamente a Deus.
Percebe a gravidade da situação? Por que assumir tão grande risco, sem antes orar ao nosso Pai por luz, em vez de arriscar-se na selva das opiniões próprias?
É imprescindível que a Igreja seja a dele, para que nós nela nos reunamos, e sob as regras por ele estabelecidas, podermos receber a graça da salvação.
A Igreja de Jesus Cristo foi fundada por Ele no Meridiano dos Tempos. Ele organizou o corpo da Igreja, nomeando seus oficiais, Efésios 4:11; isso para evitar que não acontecesse ao povo da Igreja o declarado em Efésios 4:14; mas sim que viéssemos a ser o descrito em Efésios 4:15-16.
Outra prova de que o Senhor reconhecia ainda a Igreja que fundara, está no Livro do Apocalipse, revelado a João um século após a morte do Senhor.
Ele dirige-se a cada lugar onde a Igreja estava estabelecida. Veja em Apocalipse 1:11
- Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardos, Filadélfia e Laodicéia.
É evidente que tratavam-se de ramos da mesma Igreja, espalhada pela Ásia. Seus oficiais eram divinamente comissionados com a autoridade do Alto, para poderem legalmente comissionar outros, e fazer a Igreja crescer.
Mas, a mesma tragédia da infidelidade do povo de Israel à Jeová, que acabou por dispersá-los fisicamente por toda a Terra, aconteceu com o povo cristão, a partir do princípio do segundo século após a ressurreição. Com a apostasia da Igreja, os cristãos foram dispersos espiritualmente entre as miríades de denominações pseudo-cristãs do mundo. A herança física de Israel entre as nações, passou a ser uma promessa para o futuro; assim como a herança espiritual dos gentios da Igreja, também passou a ser uma esperança para o futuro.
O futuro chegou em 1830, e o Senhor restaurou Sua Igreja. Ela pertence a Ele, mas deu-a a nós todos que a quisermos receber.
A FÉ NA SALVAÇÃO DEVE ESTAR DE ACORDO COM AS ESCRITURAS
O PRESBITERIANO - Pois eu sei que creio nele, isso é o bastante para poder dizer com toda convicção que já estou salvo! Esta é uma esperança luminosa que adquiri, e jamais deixarei ser retirada do meu coração porque é verdadeira. Portanto, não vejo necessidade de, a essa altura da minha vida, mudar para outra igreja.
Recebemos de Deus o dom de crer no seu Filho e o confessamos como o único com poder para salvar. É o bastante! É o bastante!
MISSIONÁRIO: Estamos impressionados com sua convicção, porém mais ainda, com sua pouca noção do que seja verdadeiramente crer no Senhor!
Que crer será esse, que nega a necessidade dos instrumentos organizados por Ele; exatamente, para poder executar Suas promessas de salvação: - o profeta, o sacerdócio e a Igreja?
Quem crê que Ele salva, mas não acredita nos Seus métodos ou não concorda com eles, por ignorância ou por falta de discernimento, em última instância, crê de boca e não de fato; sua esperança torna-se vã diante de Deus.
Não será por isso que é dito nas escrituras: - muitos se aproximarão dele no julgamento, para reivindicar a salvação que esperavam, e ela lhe será negada?
"Apartai-vos de mim maus operários..."
Se Deus salva quem crê nele de fato, aceitando todos os seus instrumentos de trabalho, estaria fazendo acepção de pessoas se salvasse, da mesma maneira, os que dizem nele crer, mas não aceitam seus métodos. Realmente, o adversário de Deus tem que nos fazer crer não ser necessário afiliar-se à verdadeira Igreja de Jesus Cristo, e nisso ele está fazendo um "ótimo" trabalho... como diz o ditado popular:
"A corrupção do ótimo é o péssimo."
No Meridiano dos Tempos, o problema dos que buscavam a Deus, era encontrar a Igreja de Jesus Cristo, aceitar suas ordenanças e trabalhar segundo os encargos por ele estabelecidos, perseverando até o fim; para serem tidos como justos.
Hoje o problema é o mesmo, Deus não muda. É por meio de sua Igreja que ele salva. Veja o que o Senhor diz em Efésios 4:1-6 e, por ele, acredite em nossa pregação. Veja Efésios 2:14-22 e acredite mais ainda.
O PRESBITERTANO: Isso que vocês pregam é amor? Querem dividir e destruir a fé do protestantismo nos seus pais fundadores, Lutero, Melanchton, Campbell, Roger Williams e muitos outros?
MISSIONÁRIO: Vocês dizem muito bem quando declaram os nomes de seus pais fundadores. Nós declaramos que nosso pai, na acepção de fundador é Cristo.
Quanto ao virmos para dividir, a resposta é sim. Mas o que viemos fazer é separar nas consciências o Espírito de Deus do espírito do mundo, pela causa de Cristo. Quanto ao amor, declaramos que queremos dividir o protestantismo para traze-lo à verdadeira causa de Cristo; com o mesmo amor que vocês têm por Ele, ao querer dividir o nosso rebanho para "salvar-nos"; embora erradamente, pela simples declaração de crença e aceitação verbal do Senhor Jesus Cristo como o nosso salvador.
Compreendemos que não devemos, em justiça, vê-los como nossos adversários, pois Cristo luta por nós todos, para que não sejamos enganados pelo pai das mentiras - o nosso verdadeiro adversário comum - Nossa missão é de amor. Aliás usarei a últíma capa do livro de vocês: - "O Mais Importante é o Amor", para lhes dizer: "Nunca estamos satisfeitos com a injustiça que o espírito do mundo prega, mas nos alegramos quando a verdade de Cristo triunfa."
Ao vê-lo citar o nome de Roger Williams, o grande reformador do século XVIII, dois séculos após o movimento de Lutero, devemos reproduzir aqui suas palavras de grande inspiração ao concluir:
"Não há uma igreja regularmente constituída sobre a face da terra, nem qualquer pessoa qualificada para ministrar qualquer ordenança da Igreja; nem poderá existir até que novos apóstolos sejam enviados pelo grande cabeça da Igreja, cuja vinda eu estou esperando." (Picturesque America, pág. 501)
Sr. se esse grande homem compreendeu e declarou tão excelsa verdade, por que os protestantes não a compreenderiam?
Quanto a Alexander Campbell, um dos principais incentivadores da fundação da Igreja Batista, tendo lido o Livro de Mórmon, disse:
"Ele decide todas as grandes controvérsias: O batismo das crianças, a Trindade, a regeneração, o arrependimento, a justificação, a queda do homem, a expiação, a transubstanciação, o jejum, a penitência, o governo da Igreja e os direitos do homem!"
Sr., as palavras desses grandes líderes protestantes, não lhe significam nada?
O PRESBITERIANO: Realmente vocês vieram muito bem preparados para este nosso encontro! Talvez eu os tenha ouvido mais do que deveria. Embora ainda tenha inúmeras objeções às doutrinas que vocês pregam, sinto que abalaram algumas idéias que havia tido até agora. As escrituras que apresentaram e os exemplos históricos tiveram grande influência no meu pensamento.
MISSIONÁRIO: O Sr. não avalia o regozijo que nos dá com suas últimas palavras. Peço que nos permita acabar de responder à sua última pergunta. É essencial consolidar o entendimento do significado do dom da salvação.
Veja, os demônios crêem e também confessam que Jesus é o Cristo.
Nós também cremos e confessamos a mesma coisa. Qual a diferença do conhecimento entre nós e eles?
- É que a partir desse conhecimento nós podemos fazer as obras do evangelho; que nos habilitarão ao dom da graça da salvação. Nenhuma dessas obras nos salvaria, isoladamente dessa graça; elas apenas nos põem ao alcance dela.
Já os demônios não podem fazer as obras do evangelho e não podem alcançar a graça da salvação, porque negaram ao Cristo na presença de Deus; eles perderam o dom para toda a eternidade.
Quanto a declarar, desde já, que estamos salvos, só porque confessamos o Cristo, é negar os ensinamentos do evangelho.
Veja, na parábola do semeador, em Mateus 13:20-22 - Jesus fala dos que recebem a palavra por um momento, mas não perseveram... Por um breve tempo tiveram o dom de crer na salvação, mas o perderam pela transgressão. Quem pode saber que está salvo se nem mesmo pode garantir que perseverará até o fim?
Por que Paulo escreveu em Hebreus 5: 7, falando de Cristo:
"Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, Àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade."
Por que Paulo só se declarou salvo, ao pressentir a aproximação da morte e sabendo que perseverara até o fim? II Timóteo 4: 6-7 e 18.
Não seria mais correto que disséssemos em nosso coração:
Que Deus me ajude a perseverar na justiça até o fim, para poder dizer como Paulo?
Ou, se viermos a cair: - Perdi minha salvação, peço a Deus que me dê forças para o arrependimento e para recuperar meu estado de salvação?
Como as escrituras nos provam que o homem pode cair da graça, estaremos contra elas se declaramos estar salvos por ela, sem termos atingido o fim da nossa provação. E quem pode sabê-lo a não ser quando o fim efetivamente lhe chegar?
Podemos citar as escrituras que corroboram esses ensinamentos: 1 Cor 9:27 e l0:12; Gal. 5: 4; 1 Tim, 1:18-19; Heb 6: 4-6 e l0:26-39; 2 Ped. 2:20-22. Nossos livros canônicos também dão esses ensinamentos, e de maneira mais clara ainda: Mosiah 4:30 e D&C 20:29-34.
É irônico o fato de alguns protestantes nos virem aplicar um teste de fé que seus pastores ensinam, "para identificar os que têm a verdadeira fé na palavra de Cristo"
Eles mandam perguntar ao indivíduo: - Você está salvo? Se ele responder decididamente que está, então o testador concluirá que o testado tem fé na palavra ... e , em conseqüência, está salvo!
Quando, na luz do verdadeiro conhecimento, ele apenas está demonstrando seu desconhecimento, e que a sua fé está centralizada no que é contrário às escrituras e portanto não é verdadeiro!
O Sr. pode agora perceber, quão prejudicial pode ser para as pessoas, deixarem-se conduzir por uma cadeia secular de pastores auto-proclamados e suas interpretações particulares das escritura?
Deixamos para o final de nosso encontro, as palavras que vamos agora dizer, pois, depois desta preparação, acreditamos que o Sr. vai suportá-las bem, para que ambos nos regozijemos no triunfo da verdadeira justiça de Cristo.
Veja o Sr. o que os pastores fizeram com a sua congregação, ao lançarem o que chamaram de "Edição Especial NOVO TESTAMENTO para as escolas e leigos", e acrescentaram VENDA PROIBIDA.
Olhe só a interpretação que deram a 2 Ped. 1:20-21 (p. 284 de seu livro) :
"Porque nenhuma profecia da Escritura foi inventada pelo próprio profeta..."
Acontece que, no versículo 20, é diferente a palavra de Pedro:
"Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular..."
Ora, todo o Novo Testamento, nesse livro, está escrito alterando o texto produzido pelos profetas, apóstolos e evangelistas; para refletir a interpretação particular da sua escola!
Agora, raciocine conosco: Se no versículo 21, como está no verdadeiro Novo Testamento, seu texto não foi produzido por vontade humana (opinião humana), então, ele não deve ser alterado por nenhuma escola outra que não seja a dos profetas, a qual é a Escola do Espírito.
O texto deve permanecer como nos foi entregue, para que o dom do Espírito Santo, necessário para entendê-lo, leve o cristão a beber da fonte original, de onde fluem as escrituras. Não de outra derivação qualquer, que transporte interpretações particulares, seja de que escola for.
Mas, quem produziu esse livro, também furtou-se de reproduzir o texto bíblico do versículo 20. Isso exporia de forma flagrante a impropriedade de todo o procedimento.
Dizem eles que são inspirados pelo Espírito Santo para fazer esses trabalhos esclarecedores dos cristãos... Dizemos nós: Só se o Espírito lutasse contra si mesmo.
A única justificativa para alterar um texto da escritura é a prova, adquirida por um profeta vivo, de que um erro tenha sido introduzido por algum escriba ou tradutor, comparando com o texto hebraico se possível, ou grego, na falta daquele. Porque são os textos mais próximos da fonte. Deus proíbe que façamos versões particulares refletindo nossa própria interpretação. Mas, um profeta pode produzir uma versão inspirada, se mandado por Deus.
Na capa do livro referido, está escrito em letras capitais: "VENDA PROIBIDA". Realmente, Deus não proíbe que a Bíblia seja vendida, mas proíbe que tais livros sejam vendidos ou dados aos Seus filhos, para não serem contaminados com os erros humanos.
Paradoxalmente, aquela proibição é a única coisa justa - Mas, desde que a proibição seja de circular, tanto quanto de vender.
O PRESBITERIANO: É terrível, eu sempre fui ensinado que as obras não eram necessárias, as cartas de Paulo aos Gálatas e aos Romanos são cheias dessa doutrina; como podem vocês dizer que ela não é verdadeira?
MISSIONÁRIO: Reconhecemos a dificuldade que os pais do protestantismo tiveram para entender o que Paulo quis dizer aos Gálatas e aos Romanos. A história do cristianismo recém formado, no Meridiano dos Tempos, é o que pode trazer-nos a luz sobre essas passagens.
Se não considerarmos o contexto da Igreja naqueles dias, não compreenderemos a que obras Paulo se referiu como desnecessárias. Veja bem Sr., no princípio, a Igreja era constituída apenas de judeus convertidos.
Já no ministério de Paulo, os gentios começaram a ser chamados e foram entrando para o rebanho. Os judeus convertidos haviam sido circuncidados em cumprimento das obras da Lei de Moisés; obviamente os gentios não haviam sido submetidos à circuncisão; os judeus achavam que eles também deveriam cumprir as mesmas obras da Lei; a qual, os judeus ainda não haviam compreendido ter sido suplantada por outra Lei maior do que a antiga das performances carnais; incapazes de trazer ao povo a salvação celestial. Portanto, elas passaram a ser inteiramente desnecessárias, diante da Lei superior dos mandamentos espirituais, que Cristo inaugurou por sua expiação.
Então, Paulo disse tudo aquilo, por causa do erro que os convertidos judeus estavam tentando introduzir no evangelho.
Ele não disse, absolutamente, que as obras da Lei superior não eram necessárias. Se houvesse dito tal coisa, estaria diametralmente em oposição às palavras de Tiago. Neste ponto, vou apresentar um extrato do livro "A Verdade ao Alcance do Homem, Volume l pags. 304 e 305:
"Paulo demonstra poderosamente que as obras (da lei mosaica) não são requeridas; e que a justificação virá pela fé no Senhor Jesus Cristo. Ele não ensinou que a justificação será alcançada sem a realização das obras da Lei Eterna - O Evangelho. Os doutrinadores do erro é que transplantaram as palavras de Paulo para o caso onde elas não se aplicam e, desde então..."atravessam terras e mares para fazer um prosélito e quando o fazem tornam-no cem vezes mais filho do inferno do que era antes."
Pertenceria Paulo a uma Igreja diferente da que pertenceria Tiago? Ensinaria um o contrário do que ensinava o outro? Era um servo de Belzebú e o outro de Cristo? ou serão de Belzebú aqueles que os colocam um contra o outro, sem que o sejam?
Atentemos para Tiago e entendamos o que significa a palavra fé para Deus:
"De que aproveitará...alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?... Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma...eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras...Queres ver, Ó! homem vão, como a fé sem obras é morta?
Não foi ele (Abraão) justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar?
Vês como a fé cooperava eficazmente com as suas obras, e era completada por elas...Vêdes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé? ...Assim como o corpo sem alma é morto, assim também a fé sem obra é morta."
Por que chamava Tiago de homem vão, aquele que cria ter a fé desprovida de obras poder de salvação?
Por que insistiu ele com tanta ênfase nas obras, como requisito indispensável na qualificação da fé?
Respondemos: - Porque desde os seus dias o ministério do erro operava, deturpava as palavras de Paulo.
Até os nossos dias os efeitos daqueles erros doutrinários estão presentes, principalmente entre as seitas protestantes.
Em que sentido então a justificação é gratuita?
- Deus preordenou Jesus Cristo para ser Salvador e Redentor; por aflições, dores e efusões de sangue, vítima de compensação (propiciação) diante da justiça divina, em favor de todos os transgressores que têm fé no Seu nome. Pela validade que Deus pôs nesta compensação, os homens podem ser justificados, sem terem que pagar individualmente em dor, aflições e lamentos (no inferno - num estado infernal de consciência) os reclamos da justiça incorruptível; desde que pratiquem a fé que agrada a Deus. É nesse sentido que a justificação é gratuita. (Romanos 3: 21-30);
"... e a promessa é assegurada a toda posteridade de Abraão, não somente aos oriundos da Lei, mas também aos que possuem a fé de Abraão..."
(Romanos 4:16)
"Julgamos pois, que o homem é justificado pela fé, sem as observâncias da Lei" (obras da lei mosaica). (Romanos 3:28)
"Abraão creu em Deus, e isto lhe foi imputado em conta de justiça." (Romanos 4:16)
Como vemos, Abraão foi justificado pela fé; mas de que maneira ele a tornou viva?
- Realizando um ato de obediência diante do teste engendrado por Deus. Da mesma forma, os preceitos e ordenanças do Evangelho são um teste engendrado por Deus para qualificar os que possuem a fé de Abraão.
Sem as obras de obediência ao Evangelho nossa fé é morta. Por mais que confessemos que Jesus é o Senhor diante das multidões, nunca seremos justificados se não obedecermos a todas as ordenanças e mandamentos que o próprio Jesus obedeceu, para que pudesse exortar-nos a seguí-lo!
Para demonstrar que as obras são a vida da fé, Tiago escolheu exatamente a mesma escritura que Paulo escolhera para demonstrar não serem requeridas as obras da lei mosaica. Tiago usou o estratagema de citar exatamente a mesma escritura (Gen. 15: 6), para pegar no laço os homens vãos da época, que desde então deturpavam o verdadeiro sentido das palavras de Paulo e confundiam a compreensão da justiça de Deus!
Sabendo dessas coisas, por que nos permitiremos ser homens vãos?
Por causa da eloquência de um grande orador?
Pela solenidade de um "pastor" enganado? -
Pela causa do nosso orgulho e amor pelas falsas tradições recebidas?
E à verdade, que valor atribuiremos?
Vejamos as palavras do próprio Paulo, na mesma carta aos romanos, escritas pouco antes, referindo-se à justificação dos que praticam e lei que receberem:
"..,diante de Deus não são justos os que ouvem a Lei, mas os que praticam a Lei..." (Rom, 2:13-16)
"É injustiça isso que pregamos?"
Aos que dizem ser, responderemos adaptando a argumentação poderosa de Paulo: " ... Se a nossa ‘injustiça’ realça a justiça de Deus, que diremos então?
...Mas, se a verdade de Deus, brilha ainda mais para a Sua glória por nossa ‘mentira’; por que seremos nós, ainda, chamados transgressores? (Rom 3: 5-7)
"Assim, serás reconhecido justo nas tuas palavras e vencerás quando julgares." (Salmos 50: 6)
O PRESBITERIANO: Que grandioso serviço vocês me prestaram! Que clareza e poder senti agora na palavra que me trouxeram! Sinto meu peito arder de forma que nunca experimentara, sei que é o Espírito dando-me o testemunho do verdadeiro evangelho! Mil vezes obrigado, vou restaurá minha vida espiritual, agora com um maior discernimento.
MISISONÁRIO: Nós também agradecemos a Deus por tê-lo encontrado. No presente, o Sr. é um em mil. Mas sabemos que essa proporção irá gradualmente mudando a nosso favor; quando o coração dos homens começar a procurar a verdadeira luz com mais interesse e sinceridade.
Se nos derem oportunidade de mostrar a verdade, nós a mostraremos, essa é nossa missão, e nosso chamado nos últimos dias.
Veja, agora, nos tempos do fim, Deus está reunindo os judeus na terra de sua herança profética, a Palestina; depois irá uni-los espiritualmente ao verdadeiro rebanho de Cristo - o reino de Deus na terra, que é iniciado pelo estabelecimento da Igreja. Exatamente como o reino foi estabelecido por Jesus Cristo no Meridiano dos Tempos, assim está sendo feito nos últimos dias.
De forma semelhante, para cumprir o profetizado, Ele está reunindo em Sua Igreja, os cristãos que foram dispersados entre as miríades de denominações da cristandade moderna; para ensinar-lhes a plenitude do evangelho (que foi perdida na grande apostasia); para que eles levem-no (o pleno evangelho) a todas as nações da terra; desta vez, primeiro aos gentios e depois aos judeus; para edificar um povo separado (santo), preparado para receber Cristo na sua segunda vinda - um só rebanho e um só pastor.
No Meridiano dos Tempos, Cristo referiu-se à sua Igreja e povo, como aprisco e rebanho, respectivamente. Ele era o pastor, dono de ambos. Referindo-se aos últimos dias, ele usa os mesmos termos - um aprisco, um povo, um pastor, uma só fé, um só batismo...
Qual o aprisco verdadeiro?
Qual o povo verdadeiro?
Onde está o pastor verdadeiro?
Este é o problema que Deus pôs diante de nós nos últimos dias, se nos dispusermos a procurar junto com Ele, obteremos sua ajuda e encontraremos o reino de Deus na terra (que é iniciado pelo estabelecimento da Igreja).
FIM DE CONTATOS PARTE 2